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Caso Débora: suspeito de participação em crime pagou R$ 500 por ‘corretivo’ em jovem grávida

Gil Romero disse que a intenção era apenas dar um “corretivo” na vítima para ela parar de dizer que a criança que esperava era dele
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Quinhentos reais foi o valor pago pelo suspeito de participação no assassinato de Debora da Silva Alves, 18, Gil Romero Batista, 41, para que a jovem grávida de oito meses recebesse um “corretivo”. Em depoimento na Delegacia da Polícia Civil de Óbidos, para onde foi levado após ser preso no distrito de Curuá, em Santarém (PA), Gil confessou participação no caso, mas negou ter matado a a vítima.

Ainda em depoimento, o suspeito disse que a intenção era dar um “corretivo” na jovem para ela parar de dizer que a criança que esperava era dele, já que era casado, segundo informou a delegada Débora Barreiros, sobre a versão apresentada por Gil, que chegou em Manaus no final da tarde desta quarta-feira (9) e está preso na Delegacia Feral da Polícia Civil. O acusado teria pago R$ 500 para Débora receber o tal “corretivo”.

O suspeito relatou à polícia ter apanhado a jovem, no dia 29 de julho, para falar sobre a paternidade da criança e a levou para a usina onde trabalhava como vigilante, local no qual o corpo da moça foi encontrado carbonizado, sem os pés e enterrado em uma cova, no último dia 3 de agosto. Ainda de acordo com a delegada, o suspeito confessou que deixou a moça sob os cuidados de José Nilson, que já está preso pelo crime, e de uma terceira pessoa ainda não identificada, pois teve de acompanhar um inspetor da usina em uma ronda.

“Ele relatou que a ronda durou três hora e quando retornou ao galpão onde estavam Débora e os outros dois envolvidos, a jovem estava morta”, disse Barreiros. Segundo informou a delegada, o suspeito contou, ainda, que ao se deparar com a vítima morta, se desesperou, mas mandou que dessem um jeito naquela situação. Ou seja, Gil confessou, em depoimento, a participação no desaparecimento da vítima, mas negou ter participado do assassinato.

A versão apresentada por Gil é contrária ao depoimento de José Nilson, que acusa Gil de ter matado Débora e tê-lo obrigado a ocultar o corpo, vista com vida, pela última vez, no dia 29 de julho.

Preso em Manaus

No final da tarde desta quarta-feira, Gil Romero desembarcou em Manaus e foi recebido com gritos e xingamentos por populares que estavam na Delegacia Geral da Polícia Civil.

Gil estava no Pará, onde foi preso, na última terça-feira (8), no Distrito de Curuá, em Santarém, e encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Óbidos, onde passou a noite e por interrogatório, no qual confessou envolvimento no caso que vitimou Debora, grávida de oito meses. Na manhã desta quarta-feira, ele passou por exame de corpo de delito para ser transferido para Manaus.

As investigações sobre o assassinato de Debora, o paradeiro da criança que a vítima esperava e o envolvimento de uma terceira pessoa no crime continuam. Um outro fato sobre o caso que que, também nesta quarta-feira, a Justiça determinou a prisão preventiva da esposa de Gil, Ana Julia Azevedo Ribeiro, suspeita de ter ajudado o marido a fugir para o Pará.

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