Salvador (BA) – Acusado de ter cometido injúria racial contra a jogadora Suelen, do Bahia, o técnico português Hugo Duarte, do JC Amazonas, conseguiu liberdade nesta quarta-feira (10/7).
A decisão tomada pela juíza Marcela Moura França determinou algumas medidas cautelares. Confira:
- Compromisso de comparecer a todos os atos processuais e manter seu endereço atualizado.
- Comparecimento bimestral em Juízo, pelo período de 01 (um) ano, devendo ser expedida Carta Precatória para o juízo criminal competente da Comarca de Manaus/AM para que lá seja cumprida a presente medida cautelar;
- Proibição de aproximação a menos de 200 (duzentos) metros da vítima ou de manter contato com esta ou seus familiares por qualquer meio;
- Recolhimento de fiança no valor de 30 (trinta) salários mínimos, de modo a vinculá-lo a futura ação penal;
- Proibição de se ausentar da da comarca de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, autorização judicial.
O técnico nega o crime.
Entenda o caso
O homem sestava preso desde a madrugada de terça-feira (9/7). O episódio ocorreu após a partida entre as equipes, pelas quartas de final da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, no estádio de Pituaçu. As Mulheres de Aço empataram com a equipe do Amazonas em 0 a 0 e garantiram vaga na elite de 2025.
Em publicação em sua conta no Instagram, Suelen relata que Hugo a chamou de “macaca”. O ato teria desencadeado uma confusão generalizada no campo, que foi flagrada pelas câmeras da TV Bahêa, no YouTube.
“A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista”, escreveu a atleta, nas redes sociais.
A Polícia Militar da Bahia (PMBA) conduziu o acusado para a Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência. Lá, ele foi detido, confirmou a Polícia Civil.