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Técnico do JC Amazonas é preso por racismo contra jogadora do Bahia

Caso aconteceu na noite de segunda-feira (8/7), após partida que marcava retorno do time feminino do Bahia à elite do futebol brasileiro

Salvador (BA) – A noite de segunda-feira (8/7) devia ser de celebrações por marcar o retorno da equipe feminina do Esporte Clube Bahia à primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino, mas foi interrompida por um caso de agressão e racismo. A jogadora tricolor Suelen foi agredida com injúrias raciais pelo treinador do JC Amazonas, Hugo Duarte. O acusado foi conduzido por uma equipe do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE) e autuado em flagrante.

Ao final da partida entre as mulheres do Esquadrão de Aço e a equipe amazonense, no Estádio de Pituaçu, uma atleta do time adversário iniciou uma confusão ao agredir as mãos da técnica Lindsay Camila. Tentanto defender a treinadora, a meia-campista Suelen sofreu, repetidamente, agressões raciais ao ser chamada de “macaca” pelo técnico do time rival. 

Além da agressão à meia-campista, Duarte agrediu e puxou outras jogadoras tricolores pela camisa. As cenas foram testemunhadas e relatadas por um funcionário do clube. De acordo com ele, as jogadoras do clube choraram e ficaram muito abaladas com toda a situação. Para Suelen, em especial, a situação foi recebida como um choque. “Ela ficou muito mal com todas as agressões sofridas”, contou. 

Ainda em campo, a Polícia Militar foi acionada e uma equipe do BEPE fez a prisão em flagrante do técnico portguês, que está preso e à disposição da Justiça. Vitor Ferraz (diretor do Bahia), Arivan Gomes (cordenador de Performance e Saúde), quatro atletas do Tricolor que foram testemunhas, além de Suellen, passaram a madrugada na 1ª Delegacia Territorial, no bairro do Barris, prestando depoimento sobre o caso de agressão e racismo.

Em nota, o Bahia prestou solidariedade à atleta e reinterou o compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação. 

O JC Amazonas, por meio de suas redes sociais, afirmou que “repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa” e ressaltou que está averiguando “todas as informações necessárias dos acontecimento ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja qualquer informações infame ou caluniosas”. 

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