Manaus (AM) – A 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus iniciou, nesta quarta-feira (26), o julgamento dos réus Antônio Carlos Ferreira dos Santos, Marinilson Maciel dos Santos, Pedro Maciel dos Santos e Rodrigo Moraes Pantoja acusados do assassinato de cinco pessoas (um casal e três crianças) de uma mesma família. O crime ocorreu dia 28 de março de 2019, na comunidade Tapira, na zona rural do município de Beruri, no interior do Amazonas (a 173 quilômetros de Manaus).
A sessão de júri popular começou às 10h30, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, com a oitiva da primeira testemunha, que reside em Beruri e foi ouvida por videoconferência. O depoimento durou até 12h.
O julgamento é presidido pelo juiz de direito Carlos Jardim. Os promotores de justiça Luiz do Rego Lobão Filho e Walber Nascimento estão atuando pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM). O réu Antônio Carlos Ferreira dos Santos está sendo assistido pelo advogado Wilker Luiz Cerqueira da Rosa Madalozzo, nomeado advogado Dativo (com honorários pagos pelo Estado).
Marinilson Maciel dos Santos e Pedro Maciel dos Santos estão sendo assistidos pela advogada Amanda Catherine Ribeiro de Oliveira, também nomeada pelo magistrado na condição de Dativo. Rodrigo Moraes Pantoja está sendo representado em plenário pela advogada Goreth Campos Rubim.
Marinilson Maciel dos Santos é o único réu que não está presente ao julgamento. Ele está foragido desde a época do crime, foi intimado por edital, mas não compareceu ao plenário do Júri.
Devido ao número de réus e de vítimas, a 3.ª Vara do Tribunal do Júri se preparou para três dias de julgamento, portanto, os trabalhos em plenário poderão se estender até sexta-feira (28).
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público, com base no inquérito policial, em 28 de março de 2019, por volta das 19h, na comunidade Tapira, zona rural de Beruri, no “Boteco do Sandrão”, Pedro Maciel, Antônio Carlos e Marinilson mataram Alexsandro de Lima Brasil (2), Lucivaldo de Oliveira Brasil (22), Marcos de Oliveira dos Santos (11), Mônica Almeida de Lima (21) e Suelen de Lima Brasil (4).
Conforme a acusação, o crime teria sido encomendado por Rodrigo Pantoja, cujo irmão havia morrido dias antes após, supostamente, ter comprado e consumido drogas vendidas por Lucivaldo. Rodrigo propôs aos demais réus o pagamento de R$ 3 mil para que eles matassem Lucivaldo e a família.
Ainda segundo a denúncia, Marinilson simulou a compra de um suco artificial no comércio de Lucivaldo e esperou que a vítima virasse de costas para atacá-la a pauladas. No mesmo instante, Pedro desferiu vários golpes de faca contra Mônica, companheira de Lucivaldo. O acusado Antônio Carlos, por sua vez, teria sido o responsável pela morte das três crianças (Alexsandro, Suelen e Marcos), mortas a golpes de marreta.
