Coari (AM) — Everton Max de Souza Lima (21), José Cláudio da Silva Pereira (29) e Juan França Fontinelle (24) foram presos por divulgarem de vídeos íntimos de uma adolescente de 17 anos nas redes sociais. Duas prisões prisões aconteceram em Coari, distante 363 quilômetros distante de Manaus, e uma em Itaituba (PA) durante operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP), com apoio da Polícia Civil do Pará (PC-PA), na última quinta-feira (11/4).
De acordo com informações da PC-AM, os vídeos foram compartilhados em um aplicativo de mensagens e um dos compartilhamentos chegou a ter mais de mil visualizações e 900 comentários. A dinâmica do crime, que ocorreu no dia 25 de março deste ano, iniciou com José Cláudio.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), destacou o comprometimento da equipe de investigação da DIP de Coari nesta investigação de combate a pedofilia, que contou com apoio da Polícia Civil do Pará.
“É um crime que choca a população pois um dos autores é um atleta de Artes Marciais Mistas (MMA) muito conhecido no município. Esse indivíduo deveria ser exemplo para esse público, mas não foi”, disse o delegado.
Já o delegado da DIP, José Barradas, informou que as investigações iniciaram quando a adolescente denunciou o fato criminoso. Ela contou que teve conhecimento de que José Cláudio teria utilizado uma câmera oculta para filmar a relação sexual deles.
“Apesar de a vítima ser uma adolescente, não há crime de estupro, uma vez que a relação sexual foi consentida por ela. O crime está na atitude do indivíduo ter filmado o ato, com câmeras ocultas para que a vítima não percebesse e ter divulgado para terceiros. A vítima está muito abalada, bem como a sua família, e ela está tendo acompanhamento psicológico”, pontuou Barradas.
Ainda conforme o titular da DIP, no decorrer das investigações, foi constatado que Everton Max teria adquirido as imagens por meio de José Cláudio e estaria promovendo a divulgação das mídias por outros vídeos de sexo explícito com crianças e adolescentes.
“Ele é membro de um grupo de aplicativo de mensagens onde são divulgadas esse tipo de imagens. Ele não fazia a troca com fins financeiros, mas sim por lascívia. Juan França entrou nas investigações quando foi descoberto de que ele teria divulgado as imagens no aplicativo de mensagens, gerando mais de mil visualizações e 902 comentários sobre os vídeos”, contou Barradas.
Prisões
Todos os envolvidos foram presos em cumprimento de mandados de prisão preventiva e, também, foram alvos de mandados de busca e apreensão em suas residências.
“Na residência de José Cláudio foram apreendidas diversas câmeras ocultas e cartões de armazenamento, aparelhos celulares, notebook e carregadores que eram utilizados nas filmagens de cenas de sexo explícito com adolescentes”, explicou o delegado da DIP.
Everton Max e José Cláudio foram presos em Coari, enquanto Juan França foi preso no município de Itaituba, no estado do Pará, pela PC-PA.
As investigações irão continuar, visto que há indícios que existem mais vítimas que foram filmadas em cenas de sexo explícitos sem ter conhecimento do fato criminoso, informou a PC-AM.
Procedimentos
Everton Max de Souza Lima, José Cláudio da Silva Pereira e Juan França Fontinelle responderão por armazenamento e divulgação de pornografia infantil e ficarão à disposição da Justiça.
