Manaus (AM) — Nesta quinta-feira (7/9), a Polícia Federal (PF) aceitou uma proposta de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid. O acordo ainda precisa do “sinal verde” do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que precisam homologar e elaborar os termos para a delação.
Ainda não há informações detalhadas sobre a linha a ser seguida na delação, uma vez que Cid é investigado em mais de um caso. No final da última quarta-feira (6/9), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi ao STF, por livre e espontânea vontade, confirmar que fará a delação, aceita pela PF.
Mauro Cid é suspeito de participação na tentativa de trazer para o Brasil, de maneira irregular, joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita; tentar vender os presentes dados a Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens internacionais; participação em uma suposta fraude no cartão do ex-presidente e da filha dele; ligação às tratativas sobre uma possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto; e ligação em tratativas sobre um possível golpe de Estado.
Com o acordo de delação, Cid, que está preso, pode obter alguns benefícios, como a redução de pena e conversão da prisão em prestação de serviços comunitários, multa, entre outras ações.