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Vazante pode afetar produção do polo de duas rodas de Manaus

As indústrias de motos instaladas do polo são as principais afetadas, uma vez que recebem insumos via modal hidroviário.
Foto: Reprodução Internet

Manaus (AM) — Por conta da estiagem que afeta o Amazonas, o Polo Industrial de Manaus (PIM) está em alerta. A vazante dos rios tem refletido, principalmente, nas atividades das fabricantes de motocicletas, que já temem o desabastecimento de insumos, que pode afetar a produção do veículo, neste último trimestre de 2023.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Wilson Périco, alerta que todos os segmentos, de alguma forma, estão apreensivos com os impactos da estiagem no abastecimento do Polo Industrial de Manaus, porém a situação toma maiores proporções no segmento de duas rodas. “No caso da indústria de motocicletas, a logística utilizada é quase 100% realizada pelo modal hidroviário, por meio de balsas e navios. Então, esse setor não tem opções”, disse. 

O vice-presidente destacou, ainda, que em alguns setores, como no de eletroeletrônico, o impacto será sentido, porém, em menor intensidade. “Isso porque grande parte das indústrias do polo eletroeletrônico trabalha com os modais aéreo e hidroviário”, pontuou Périco.

Alternativas para trabalhadores

Embora apreensivas, a indústria local já tem adotado medidas para não “pausar” a produção, segundo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas. “Algumas empresas do Distrito industrial já estão adiantando a produtividade e produzindo com o estoque disponível”, destacou.

Santana informou que empresas dos segmentos de duas rodas e eletroeletrônico tem adotado a modalidade “trocas de dias”, onde os trabalhadores trocam os dias de folga por dias trabalhados. Nesses casos, o trabalhador opta por folgar futuramente”, destacou.

O Sindicato dos Metalúrgicos adiantou estar em contato constante com as empresas do PIM e algumas delas já relataram apreensão por conta da estiagem. “Uma “gigante” do setor de eletroeletrônicos está temerosa, assim como uma das principais protagonistas do polo de duas rodas também está na mesma situação, já que grande parte de seus componentes chegam em Manaus por meio dos rios”, ressaltou Santana, que preferiu manter sigilo em relação aos nomes das empresas.

Entramos em contato com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), porém a entidade preferiu não se pronunciar.

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