Manaus (AM) – Após serem afastados pelo Corregedor Nacional de Justiça (CNJ), Mauro Campbell, o desembargador Elci Simões e do juiz Jean Pimentel tiveram os gabinetes no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) lacrados na noite de sexta-feira (21/2).
Além dos gabinetes que foram alvos de busca e apreensão, os dispositivos eletrônicos dos magistrados passarão por perícia realizada pelo CNJ com apoio da Polícia Federal.
Os magistrados estão envolvidos em decisões que resultaram em um prejuízo temporário de aproximadamente R$ 150 milhões à Eletrobras.
Essa quantia foi devolvida após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reverteu um pagamento feito a um homem que, nascido em 1985, reivindicava títulos de crédito da década de 1970. A Eletrobras alegou ter sido vítima de uma fraude.
Segundo investigação, o juiz Jean Pimentel foi responsável pela ordem que autorizou o pagamento e o desembargador Elci de Oliveira, inicialmente suspendeu a quitação, mas, posteriormente, permitiu que ela ocorresse.
A investigação se concentra na Vara Única de Presidente Figueiredo, onde Pimentel é juiz titular e de onde emanaram as ordens que geraram a controvérsia. Todos os servidores dessa vara também terão seus equipamentos analisados pelos investigadores. Além disso, Campbell determinou a suspensão dos acessos aos sistemas do Judiciário para os magistrados e servidores de Presidente Figueiredo.
As medidas visam garantir a integridade da investigação e a responsabilização dos envolvidos no caso. A situação continua em desenvolvimento, com novas informações sendo aguardadas.
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