Manaus (AM) – A seca que atinge o Amazonas em 2024 tem provocado uma série de consequências nos rios da região. Registros em vídeo mostram balsas encalhadas no rio Madeira, reflexo da vazante intensa deste ano, que tem superado a de 2023. A estiagem tem afetado a navegação em diversos pontos do estado, tornando cenas de embarcações paradas uma realidade comum.
A seca de 2024 tem se mostrado mais severa em comparação com os últimos anos. No rio Negro, por exemplo, os dados revelam uma significativa diminuição nos níveis:
2021: 13 cm de vazante – Cota 25,69 m
2022: 14 cm de vazante – Cota 25,06 m
2023: 25 cm de vazante – Cota 21,47 m
2024: 26 cm de vazante – Cota 17,21 m
Em Itacoatiara, o rio Amazonas apresentou uma vazante de 20 cm nas últimas 24 horas, alcançando a cota de 4,34 metros. O cenário no rio Negro também é crítico, com a vazante superando 25 cm por dia, uma taxa maior que a registrada no ano anterior.
No município de Tabatinga, a situação do rio Solimões é semelhante. Os registros de setembro mostram uma tendência de queda no nível das águas, que baixaram 7 cm nas últimas 24 horas. Confira as medições:
01/09: -1,21 m
02/09: -1,33 m
03/09: -1,35 m
04/09: -1,31 m
05/09: -1,25 m
06/09: -1,23 m
07/09: -1,26 m
08/09: -1,32 m
09/09: -1,42 m
10/09: -1,56 m
11/09: -1,63 m
Inicialmente, o rio Solimões e o rio Juruá ensaiaram uma leve subida, mas a seca persistente fez com que os níveis caíssem ainda mais, inviabilizando a navegação em diversas áreas.
Embarcações encalhadas
Com a baixa dos rios, balsas e outras embarcações ficaram encalhadas, tornando impossível a navegação regular. Em muitos casos, as embarcações só poderão retomar o tráfego com a subida das águas, o que ainda parece distante.
Esse cenário crítico reflete o impacto da estiagem, que tem afetado diretamente a vida no Amazonas, comprometendo tanto o transporte quanto a economia local.
Veja vídeos: