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Vítima de bullying, adolescente entra armado na escola para executar massacre

Suspeito é ex-aluno da escola. A intenção era  entrar na escola e matar alunos do 8º ano, que praticavam bullying contra ele  

Careiro (AM) – Armado com duas facas, um adolescente de 17 anos foi apreendido acusado de planejar um massacre em uma escola municipal do Careiro  (a 88 quilômetros de Manaus). O suspeito, ex-aluno da instituição, afirmou ser vítima de bullying e que queria se vingar de estudantes do 8º ano, algozes dele. 

A apreensão do adolescente foi efetuada por policiais do 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro (a 88 quilômetros de Manaus), em conjunto com o Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise). 

De acordo com a polícia, o plano seria executado na quinta-feira (26/6). A intenção do adolescente era entrar na escola e esfaquear alguns colegas, e depois tirar a própria vida.

O delegado David Jordão, da 34ª DIP, relatou que o adolescente é ex-aluno do colégio, que entrou na instituição sem uniforme e comportamento suspeito, fatos que despertaram a atenção da guarda municipal da escola. E, ao abordá-lo, o suspeito mencionou que estava procurando bombas na escola.

“Em depoimento, o adolescente informou que recebeu essa orientação de um administrador de um grupo na deep web, caso fosse confrontado por alguém. O Conselho Tutelar estava na escola realizando palestras quando foi acionado imediatamente. Durante a revista pessoal, os investigadores encontraram duas facas na cintura do adolescente”, explicou o delegado.

Segundo o delegado, a Polícia Civil agiu rapidamente e conseguiu evitar um massacre que poderia ter grandes proporções. O adolescente não deu alarme e foi diretamente ao local para executar o plano criminoso.

“Ele foi conduzido à delegacia, onde confessou que planejava matar alunos do 8º ano devido ao bullying que havia sofrido deles, e que depois da ação planejava cometer suicídio. Toda a ação criminosa estava sendo registrada por um relógio digital que ele usava”, relatou David Jordão.

A Justiça reconheceu que todo o procedimento da polícia foi adequado ao que a lei determina e autorizou a transferência do adolescente para uma unidade de internação em Manaus, onde responderá por ato infracional análogo à tentativa de homicídio e ficará à disposição da Justiça.

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