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No dia de combate ao Câncer de Pulmão, CMM discute projeto que proíbe cigarros eletrônicos em ambientes coletivos

Projeto de Lei foi apresentado pelo Vereador Gilmar Nascimento como forma de prevenção a doença.
Foto: Reprodução

Manaus (AM) – O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão é comemorado no dia 1 de Agosto em todo o mundo e abre portas para enfatizar a importância da detecção precoce para cura da doença.

Pacientes tabagistas, com histórico familiar de câncer de pulmão, ou pacientes que já tiveram outros tipos de câncer podem fazer rastreio pra câncer pulmonar e por esse motivo o vereador Gilmar Nascimento (Sem partido) levou esse assunto a CMM apresentando projeto que visa proteger a saúde da população e combater os altos índices de câncer de pulmão associados ao tabagismo. Trata-se do Projeto de Lei (PL) 207/2023, que propõe proibir o uso de cigarros eletrônicos e dispositivos similares em ambientes coletivos.

O vereador destaca que o projeto também tem como foco prevenir que jovens e adolescentes se envolvam com o tabagismo convencional após o contato inicial com os cigarros eletrônicos. O projeto do vereador Gilmar Nascimento visa atualizar a legislação municipal, garantindo ambientes coletivos mais saudáveis e protegendo a saúde de todos os cidadãos.

O câncer de pulmão, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), está diretamente relacionado ao tabagismo em cerca de 85% dos casos. Em seu projeto, o vereador afirma que é alarmante observar que o uso de cigarros eletrônicos e dispositivos similares também tem contribuído para esse cenário preocupante, levando a emergências respiratórias com sintomas semelhantes aos da Covid-19.

Estudo revela riscos do cigarro eletrônico

Novo estudo realizado pela Universidade de Nova York aponta que os cigarros eletrônicos podem, da mesma maneira que o tabaco comum, causar câncer de pulmão. A pesquisa foi realizada inicialmente em ratos, mas os cientistas acreditam que os efeitos sejam semelhantes em humanos. Durante 54 semanas, grupos de roedores foram expostos quatro horas por dia, cinco dias por semana, a três condições diferentes: um em uma câmara com vapor característico do e-cigarro; outro, com solventes; e o último, com ar filtrado. Nove dos 40 sujeitados ao vapor do cigarro eletrônico desenvolveram câncer de pulmão. Nos dois outros grupos, apenas um camundongo foi acometido com a doença. 

Em outubro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou a 252 hospitais de todo o Brasil, dentre instituições públicas e privadas, que informassem os casos relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. O mapeamento busca prevenir uma crise de saúde. A comercialização do produto no País é proibida desde 2009. Contudo, a venda dos aparelhos é realizada em lojas físicas e on-line no Brasil. De acordo com a Anvisa, o monitoramento envolve os cigarros eletrônicos, os vaporizadores e os cigarros de tabaco aquecido, dentre outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). O Conselho Federal de Medicina (CFM) também é parceiro da ação, solicitando aos médicos que fiquem atentos e relatem casos suspeitos. 

Os malefícios da utilização do cigarro eletrônico voltaram ao debate, após a morte de 11 pessoas em decorrência de doenças pulmonares relacionadas ao uso do aparelho nos Estados Unidos. De acordo com o presidente Socesp, Dr. José Francisco Kerr Saraiva, os dois cigarros, comum e eletrônico, contêm nicotina, substância altamente danosa ao organismo: os sistemas respiratório e cardiovascular são os principais lesados. 

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